A banda Pentagram, também da mesma época, é considerada outra das precursores do doom metal. Porém, ambas as bandas eram um Blues-Rock triste, pesado e distorcido, lembrando mais um heavy'in'hard.
Esse sub-gênero seguiu no início da década de 1980, quando então o Trouble lançou seu debut, "Psalm 9" (em 1984). A banda possuía uma grande influência do Black Sabbath, mas encorporou elementos que vieram a definir realmente o que seria o tradicional doom metal. Sem pegadas country, e distribuindo um pouco mais de peso, o Trouble alicerçava ali os principais ingredientes desse estilo:
* Ritmos em andamento lento, mas sem perder o peso
* Criação de atmosferas obscuras e sombrias
* Predominância de tons menores e pesados
Tudo isso, porém soando um pouco mais heavy metal, com alguma influência de Judas Priest e do rock psicodélico dos anos 70. Acho seguro afirmar que, apesar do Black Sabbath ter influenciado na criação do Doom Metal, quem de fato consolidou o estilo foi o Trouble.
Seus dois primeiros álbuns, "Psalm 9" e "The Skull" (de 1985), são considerados pela crítica e apreciadores, como clássicos desse estilo. Mais do que isso, são frequentamente citados como pilares do doom metal. Há uma famosa história que afirma que James Hetfield e Kirk Hammett (do Metallica) entraram no camarim do Trouble, após um show, tentando descobrir como seus amplificadores foram criados para produzir seu som único. Bem, mas vamos nos reter aqui ao "Psalm 9".
Originários de Chicago, Eric Wagner (vocal), os guitarristas Bruce Franklin e Rick Wartell (guiatarras), Jeff Olson (bateria) e o baixista Ian Brown (que mais tarde acabou substituído por Sean McAllister, em 1983) iniciaram suas atividades em 1979. A banda excursionou por todo o Centro-Oeste durante o início dos anos 1980, antes de assinar com a Metal Blade Records.
Diferentemente de outras bandas, suas letras eram muito inspiradas em passagens das Bíblia. Essa diferença chamou a atenção da famosa gravadora Metal Blade, que os contratou para gravarem seu 1º álbum, "Psalm 9", em 1984.
"Fui criado católico", explica Eric, vocalista e principal letrista no encarte da re-edição do álbum em 2006, - "mas você tem que lembrar que, no início da década de 1980, toda banda de metal era uma espécie satânica, e eu não queria entrar nessa vibe". Eric também explica que foi daí que a surgiu o termo WHITE METAL (rótulo que, inclusive, a banda rejeita!). O seu assessor de imprensa criou isso, na época que a banda entrou para a Metal Blade, para diferenciá-los de outras bandas que haviam licenciado seus materiais para o selo - como o Venon, que era assumidamente "Black Metal". Então, devido às letras positivas e baseadas na Bíblia, essa pessoa criou o termo "White Metal", que hoje é usado de forma pejorativa.
"Eu acho que era mais parecido com a Metal Blade tentando parecer bonitinho ou algo assim com todo [metal satânico] sendo chamado de Black Metal, então nos chamaram de Metal Branco".
Originalmente, o álbum foi lançado de forma homônima, com o nome da banda, mas acabou renomeado para "Psalm 9", após o 4º álbum de estúdio (lançado em 1990) que chamava-se "Trouble" e marcava uma nova direção na banda.
E vamos concordar: "Psalm 9" não é apenas um álbum de metal...é um clássico!
Logo que o álbum se inicia com ´The Tempter´, já se percebe a energia e competência dos caras, numa faixa que remete a uma luta espiritual em sua letra.
´Assassin´ é Sabbath descarado! A banda toda está em sincronia e executa um metal furioso. Riffs extremamente empolgantes!
´Victim of the Insane´ permite que Jeff inicia introduzindo a bateria para o que vem a seguir a linha das faixas anteriores como uma das melhores do álbum. Até aqui você aprendeu o que é doom metal, e se chegou aqui, vai se deliciar com o álbum do início ao fim.
Um riff simples, mas contagiante que fica na sua cabeça até o fim da música. É assim que começa ´Revelation (Life or Death)´. Rock´n´roll na veia!
´Bastards Will Pay´ é pra você correr, pular, balançar a cabelera, fazer mosh, o que você quiser. Mas executada ao vivo, com certeza essa é a faixa mais energética do CD!
´The Fall of Lucifer´. Riffs legais e talvez o melhor refrão do CD. Se você chegou até aqui e está gostando, tenho uma notícia para lhe informar: você tem um clássico em mãos!
´Endtime´ é uma faixa instrumental. Aqui a banda joga toda sua habilidade, num faixa realmente ótima de se ouvir. Profissionalismo dos caras. Entenda porque Bruce Franklin merece estar na lista dos maiores guitarristas cristãos! Até o baixista Sean se destaca mais nessa faixa!
Chegamos à faixa-título, ´Psalm 9´. Quando eu fazia aula de guitarra, essa foi uma das primeiras músicas que eu treinei. E foi essa música (assistida num clipe pelo YouTube) que me fez buscar esse álbum e constatar logo de primeira audição, que era um clássico. Uma das melhores faixas do álbum, se não a melhor, disputando com ´The Tempter´ e ´Assassin´.
´Assassin´ é Sabbath descarado! A banda toda está em sincronia e executa um metal furioso. Riffs extremamente empolgantes!
´Victim of the Insane´ permite que Jeff inicia introduzindo a bateria para o que vem a seguir a linha das faixas anteriores como uma das melhores do álbum. Até aqui você aprendeu o que é doom metal, e se chegou aqui, vai se deliciar com o álbum do início ao fim.
Um riff simples, mas contagiante que fica na sua cabeça até o fim da música. É assim que começa ´Revelation (Life or Death)´. Rock´n´roll na veia!
´Bastards Will Pay´ é pra você correr, pular, balançar a cabelera, fazer mosh, o que você quiser. Mas executada ao vivo, com certeza essa é a faixa mais energética do CD!
´The Fall of Lucifer´. Riffs legais e talvez o melhor refrão do CD. Se você chegou até aqui e está gostando, tenho uma notícia para lhe informar: você tem um clássico em mãos!
´Endtime´ é uma faixa instrumental. Aqui a banda joga toda sua habilidade, num faixa realmente ótima de se ouvir. Profissionalismo dos caras. Entenda porque Bruce Franklin merece estar na lista dos maiores guitarristas cristãos! Até o baixista Sean se destaca mais nessa faixa!
Chegamos à faixa-título, ´Psalm 9´. Quando eu fazia aula de guitarra, essa foi uma das primeiras músicas que eu treinei. E foi essa música (assistida num clipe pelo YouTube) que me fez buscar esse álbum e constatar logo de primeira audição, que era um clássico. Uma das melhores faixas do álbum, se não a melhor, disputando com ´The Tempter´ e ´Assassin´.
Pra finalizar, ainda temos um cover da música "Tales of Brave Ulysses", da banda de blues-rock/psicodélico Cream (que tinha o guitarrista Eric Clapton em sua formação), baseada na famosa obra "Odisséia", de Homero. Bem legal, encerra bem o álbum.
| "Tales of Brave Ulysses" | |
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Como dito antes, a banda toda opera em sincronia, todos cumprem suas funções com competência, mas não há como não destacar; Eric que conduz muito bem as músicas com seu vocal agudo, e Bruce que simplesmente arrebenta as cordas em solos maravilhosos.
Após isso, o Trouble nunca mais lançou um álbum como "Psalm 9".
"The Skull" mantém um pouco do doom metal, principalmente na temática de suas letras, mas já soa mais heavy metal do que o anterior. A partir do "Manic Frustration" (de 1992), a banda começou a tocar um ritmo mais acelerado e psicodélico.
Em seguida, eles começaram a soar mais como um Stoner Metal, distaciando-se, assim, a cada álbum lançado, do estilo que eles ajudaram a definir. Problemas financeiros com a gravadora causaram um hiato de 10 anos na banda. Após uma reunião entre os membros em 26 de janeiro de 2002, a banda voltou à ativa, lançando o DVD "Live in StockHolm" (2005) e, posteriormente, o álbum "Simple Mind Condition", em 2007. Após isso, o vocalista Eric Wagner deixou a banda, sendo substituído por Cory Klarke (foto abaixo), da banda Warrior Soul.
Em 2009, a banda anunciou em seu site que o novo álbum (com Klarke nos vocais) iria se chamar provisoriamente "The Dark Riff", e em setembro de 2010 a mesma anunciou sua entrada no estúdio para o início das gravações.
Entre sucessos e polêmicas, Trouble marcou seu nome na lista das clássicas bandas cristãs de metal, e isso é o que importa. Sua influência na cena metal (e principalmente no doom metal) é inquestionável. Ouçam e tirem suas conclusões. Não será um tempo perdido!
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