Bem, mas não é só com números que se faz um bom álbum. Dave é, com certeza, um dos maiores guitarristas do mundo, criador de riffs e solos de dar inveja a qualquer guitarrista profissional. Em termos de criatividade, pra mim, ninguém supera ele. E ao seu lado, temos o também excelente Chris Broderick, parceria essa entre os dois que tem funcionado muito bem desde "Endgame".
Muitos fãs torcem o nariz para Shawn Drover, mas em minha opinião, a cada álbum lançado ele se prova mais merecedor do posto de baterista da banda. E David Ellefson...bem, esse dispensa comentários. Seu retorno à banda foi aclamado por todos os fãs, afinal ele é um dos maiores baixistas do gênero.
Tendo um time excelente como esse, o que se esperaria é um ótimo CD. Bem, pode-se dizer que trata-se de um bom CD. Mesmo sendo fã da banda, geralmente eu demoro um pouco para digerir os álbuns da mesma. E com "Th1rt3en" não foi diferente. No entanto, após algumas audições, meus ouvidos ainda não se agraciaram totalmente desse lançamento. É um bom álbum sim, mas na minha opinião, se levarmos em conta essa nova fase do Megadeth, iniciada com "The System Has Failed" (2004) e seguida por "United Abomination" (2007) e "Endgame" (2009), este "Th1rt3en" é o mais fraco deles.
Não espere um álbum recheado de canções thrash. "Th1rt3en" está mais para um álbum experimental. Ainda há algumas faixas na linha thrash, mas o que predomina é o NWOBHM, o hard rock e o rock'n'roll clássico. Em outras palavras, está mais leve que os discos anteriores.
Claro, não absolutamente, já que "Sudden Death" é a melhor abertura de um CD do Megadeth desde "TSHF". Muito peso e agressividade, com um ótimo riff e solos virtuosíssimos! A melhor faixa do álbum.
Em seguida temos a já conhecida "Public Enemy No.1". Ótima faixa, mesclando bem o thrash oitentista da banda com o heavy metal tradicional. Uma das melhores faixas do petardo, com um refrão grudento! (Na expectativa pelo clipe!)
"Whose Life (Is It Anyways?)" vem logo após, como uma grata surpresa. Esta está mais para o NWOBHM, veloz, com riffs dobrados, e a voz de Mustaine em ótima performance.
A partir daqui, a qualidade cai um pouco. "We The People" até tem um refrão legal e algumas dobradinhas de riffs interessantes, mas suas sucessoras "Guns, Drugs & Money" e a também conhecida "Never Dead" são praticamente inexpressivas.
"New World Order" chega para salvar. Esta faixa já é velha conhecida dos fãs, sendo uma regravação da faixa original inclusa no CD "Youthanasia" (de 1994). Ainda assim, é uma das melhores faixas do álbum. Empolgante! Fazendo novamente uma mistura do Thrash com o Heavy Metal, dando enfoque as linhas melódicas, mas sem perder o peso. Destaque para o refrão, com Broderick e Ellefson fazendo vocais de apoio.
"Fast Lane" inicia veloz, com a guitarra em ritmo crescente, como se fosse uma máquina de corrida acelerando em alta estrada. Uma boa faixa.
Outra faixa que foi regravada é "Millennium Of The Blind", que ganhou alguns minutos a mais, e também um pouco mais de letra. Confesso que prefiro a versão original, mais direta, pesada e thrash...mas essa versão mais melódica até que ficou boa.
Das canções inéditas, "Deadly Nightshade" é uma das mais legais. Com uma introdução mesclando thrash 80's, speed metal e um pouco de grunge, tudo com virtuosismo e velocidade, a faixa se desenvolve numa ritmo cadenciado, mas com passagens mais rápidas que até lembram o "United Abomination".
E para encerrar..."13". Uma balada quase acústica, que a partir da metade, apresenta mais guitarra. Uma boa faixa até.
Ao todo das 13 faixas do álbum, 5 são regravações (sendo 2 delas, temas de jogos de video-game compostas pela banda) e 8 inéditas. Resta saber agora, quantas destas sobreviverão ao set-list da banda em seus shows.....
NOTA: 4/5
- Sudden Death (5:08)
- Public Enemy No. 1 (4:23)
- Whose Life (Is It Anyways?) (3:55)
- We The People
- Guns, Drugs & Money
- Never Dead (4:31)
- New World Order
- Fast Lane
- Black Swan
- Wrecker
- Millennium Of The Blind
- Deadly Nightshade
- 13
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