quinta-feira, 3 de novembro de 2011

[Review] Illuminandi - Illumina Tenebras Mea

Quando se fala em black metal no meio cristão, muitas vezes há um preconceito, uma repulsa por este sub-gênero do heavy metal ser o mais extreme e ainda levar a fama de ser o mais satanista, anticristo e blasfemo possível. Bem, toda a regra tem a sua exceção. E o UNblack é uma delas. Não vou dar um sermão aqui sobre o “Rock é de Deus”, mas vou destacar aqui que bandas deste gênero tem a feito sim a diferença no meio cristão, como as bandas Antestor e Slechtvalk.

Bem, o Illuminandi não foge a essa exceção. Essa banda polonesa que mistura um black metal com gótico, formando um metal sinfônico tem um som muito bom e seus vocais também não deixam a desejar. Afinal, além da brutalidade do som, e os vocais extremos, temos violinos. Tem combinação melhor do que heavy metal e violinos? “Jezdziez” abre o álbum com uma bela demonstração dessa mistura e logo o instrumental ligado ao vocal te dá aquela ótima sensação de que um material excelente está nas suas mãos. Muito boa.
Em seguida, já temos a “Czterdziesta Doba”, ainda melhor do que a primeira faixa. Muito bem executada. Instrumental e vocais dão um show nessa faixa, mostrando a grande potencialidade dessa banda. Falando em potencial, o que dizer de “Hymn of All Creation”? Simplesmente sensacional. A faixa inicia com batidas de tambor, ao mesmo tempo em que violinos preparam terreno para uma música extremamente...medieval. O lírico, o erudito, o metal sinfônico em sua essência, transportando o ouvinte a uma viagem pelas Terras Médias. Paz de espírito garantida! (Ah sim, também rola um vocal gutural em alguns momentos – tudo bem dosado).

“Zdrada” começa suave, mansa, com um vocal “quase” ópera. Um tanto melancólica, que em alguns momentos lembram aquelas canções executadas em filmes ou novelas de época mexicana, o que não necessariamente significa algo ruim. Não mesmo. É bacana, e aos 2min16, a suave melodia ganha um peso e o black metal prevalece, com um teclado produzindo o fundo medieval.
“Is Qui Est” é outra que inicia melosa, quase erudita, mas logo aos 29s isso muda, e o gótico cria a sua atmosfera, com um coro feminino típico do gênero. Essa música é realmente mais gótica do que black, mas produz de igual forma um clima mais sombrio que garante a qualidade proposta.

A seguir temos um “repeteco”, digamos assim. As faixas executadas até aqui são novamente executadas, porém substituindo o idioma original polonês pelo inglês, como material bônus, sendo assim: “Jezdziez” (The Rider), “Czterdziesta Doba” (The 40th Days), “Zdrada” (The Betrayal), “Is Qui Est” (Is Qui Est). Curiosamente, a faixa “Hymn of All Creation” é a única que não ganhou versão alternada. Mas pra quem curtiu as músicas originais, não vai se importar em ouvi-las novamente num idioma mais comercial. Pena que são poucas faixas, mas mesmo assim são 00:44:26 bem aproveitados.

NOTA 5/5

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