Final dos anos 80. A banda de heavy metal Lightforce vinha fazendo um certo sucesso em seu país. Até que, em 1990, a banda terminou, com a saída de seu vocalista. Porém, o baixista Steve Rowe permanecia com vontade de tocar metal com uma mensagem cristã, e foi acompanhado nessa idéia pelo baterista Jayson Sherlock e pelo então guitarrista Cameron Hall. Assim, decidiram reformular totalmente a banda, mudando drasticamente o seu som para o thrash metal, com uma influência do death metal também. Ainda nesse ano, lançaram o trabalho demoBreak The Curse, ainda sob o nome da Lightforce, com Steve assumindo os vocais.
Steve percebeu que a nova direção musical da banda exigia um novo nome, e então o grupo passou a se chamar Mortification. Foi então que, finalmente, em 1991, lançaram o seu 1º álbum oficial, o auto-intitulado Mortification. Michael Carlisle assumiu o posto de guitarrista com a saída de Cameron Hall, e os rumos musicais da banda mudaram mais uma vez. Muitas músicas da demo “Break The Curse” foram usadas no novo álbum, porém com uma pegada mais pesada. Steve também provou ser um excelente vocalista de death metal, mostrando um bom desempenho no álbum.
Eu não poderia deixar de citar um dos álbuns mais importantes do metal cristão. Certamente, esse álbum foi um divisor de águas, pois fincou a estaca em solo firme e fundamentou um dos sub-gêneros mais aclamados, e também mais odiados dentro do segmento cristão.
"Mortification" traz tudo aquilo que um fã de metal pesado apressia. Riffs cortantes, pedal duplo ensandecido e um vocal monstruoso. Somado a qualidade técnica, músicas excelentes que não saem da cabeça do ouvinte.
A qualidade de gravação do álbum lembra muito jóias preciosas do metal extremo em geral, como as primeiras bolachas do Megadeth, Sepultura ou Metallica, com toda aquela atmosfera clássica do old school. Thrash Metal matador de primeira!
"Until the End" não é a melhor faixa de abertura da banda. Aliás, não curto muito essa música, mas ela consegue transmitir esse sentimento que citei acima.
Já "Brutal Warfare" é uma das minhas músicas preferidas do Mortification e pode, sim, ser considerado um clássico do thrash metal cristão.
Nisso, posso destacar também "Bathed In Blood", que mergulha nesse misto de thrash com death metal, resultando numa faixa destruidora! E tem também "Satan's Doom", outra faixa de arrepiar até o headbanger mais anti-cristão.
"No Return" é um death rápido e agressivo, com Steve fazendo um gutural que chega a saltar as veias pra fora! E Jayson faz uma de suas melhores performances nas baquetas em "The Destroyer Beholds".
O álbum fecha com as complementares "Journey Of Reconciliation" e "The Majestic Infiltration of Order", que dispensam comentários.
Fica aqui a minha dica: "Mortification". Um álbum nu e cru, que esse ano está completando 1 Década (10 anos)! Feito pra bater cabeça e cuspir na cara de Satanás! Clássico!
GOD RULZ!
NOTA: 5/5
- "Until the End" – 3:47
- "Brutal Warfare" – 3:58
- "Bathed In Blood" – 4:31
- "Satan's Doom" – 6:06
- "Turn" – 0:33
- "No Return" – 2:42
- "Break the Curse" – 2:44
- "New Awakening" – 5:04
- "The Destroyer Beholds" – 3:19
- "Journey of Reconciliation" – 4:13
- "The Majestic Infiltration of Order" – 1:06
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