segunda-feira, 10 de outubro de 2011

[Review] Antestor - The Defeat of Satan (2003)


P
ara quem está mais acostumado (como eu) às músicas mais agressivas de “The Return of the Black Death” e “The Forsaken”, esse álbum pode soar meio estranho. “The Defeat of Satan” é o primeiro registro do Antestor, ainda em formato EP em 1991, e quando a banda ainda se chamava Crush Evil. No entanto, este é o álbum cheio, lançado em 2003. Aqui eles ainda praticavam o seu chamado Sorrow Metal, apostando em músicas mais lentas, sombrias e melancólicas, com poucos vocais rasgados.

Ainda assim, numa segunda audição para “digerir” melhor o produto, você verá que esse álbum tem suas qualidades. Músicas agradáveis e letras inteligentes com títulos sugestivos, numa banda que viria a ser conhecida como uma das pioneiras do movimento Unblack Metal (ou Holy Unblack Metal).

“Preludium” já inicia o álbum com aquele ar atmosférico de melancolia e mistério, dando lugar a “Demonic Seduction”, uma faixa arrastada, melancólica, mas ainda assim agradável. Muito boa!

“Message From Hell” segue o modelo da faixa anterior, porém com um pouco mais de peso e um pouco mais de vocais rasgados. Música boa com uma letra direta e forte.

“Lost Generation” abusa de teclados e vocais melódicos, alternando com guturais graves. A melhor faixa do CD, dosando perfeitamente o peso com a melancolia do álbum.

“Human” começa bem, com um riff de guitarra bem interessante. Talvez a mais pesada do CD, com riffs cavalgados no miolo, além de um solo-de-guitarra, algo quase inexistente nesse CD.

“Jesus, Jesus Ver Du Hjå Meg” inicia na voz melódica de Kjetil "Martyr" Molnes, contrastando com o som sinfônico de teclados ao fundo. Em seguida, a música ganha back-vocais, formando quase que um coral de monges. A mesma termina em tal clima, com sinos badalando suavemente.

A faixa-título, “Defeat of Satan”, é a mais longa do álbum, com 9min05s. Já inicia com um ar de mistério que perdura por mais de 2min, até entrar com batidas mais rápidas e só então a voz de Martyr entrar em ação.

Outra faixa que merece destaque é “Jesus Saves”. Em faixas mais pesadas como esta e “Defeat...”, percebe-se a influência de death metal na música do Antestor.

Um trabalho competente, que diverte. (Até comprei a camiseta desse álbum pra mim!) Não é o melhor trabalho do Antestor, mas sem dúvida é muito bom. Destaque-mor para Lars Stokand, guitarrista da banda que aqui executou perfeitamente os teclados, a meu ver, levando a banda nas costas neste disco.

NOTA 4,5/ 5

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