sábado, 31 de dezembro de 2011

Os Melhores de 2011


Mais um ano chega ao fim. Hora de deixarmos pra trás, situações desagradáveis, tristezas, decepções e levarmos conosco apenas os bons momentos. Que em 2012, todos nós possamos nos esforçar para fazer um ano muito melhor em nossas vidas. Primeiramente, que venhamos entregar nossas vidas, sonhos e ate preocupações nas mãos de Deus. E segundo, que venhamos a fazer a nossa parte para ter um bom ano.

Esse ano, tivemos alguns destaques na mídia cultural, seja na musica, cinema ou TV.
E vou aqui destacar, na minha opinião, os momentos mais marcantes na cena Heavy Metal Crista!

Em questão de lançamentos, acho que não foi um ano tao produtivo como 2010 - em que tivemos MUITOS lançamentos elogiáveis - na cena crista. Mas ainda assim, tivemos boas surpresas.

Theocracy - As The World Bleeds (2011)


Confesso que não sou fã dessa banda. Pra quem não conhece, Theocracy é uma banda crista de Power Metal Progressivo. O primeiro álbum, auto-intitulado, é chatíssimo, sem emoção alguma. O segundo, "Mirror of Souls", salvam-se 2 musicas ("Laying The Demon To Rest" e "Bethlehem"). Acho o trabalho da banda complexo demais. Muita técnica aqui e ali, mas quase nenhum feeling. O simples prazer de ouvir riffs empolgantes não se encontra facilmente aqui. No entanto, "As The World Bleeds" me surpreendeu positivamente! Aqui, desde o inicio, o álbum empolga com ótimos riffs, variações bem orquestradas, um clima épico e excelentes vocais! Sem duvidas, um dos melhores lançamentos de 2011!
Destaque para as faixas "I Am", "The Master Storyteller", "Nailed", "30 Pieces of Silver", "Hide In The Fairytale" e a faixa-titulo "As The World Bleeds".


Immortal Souls - IV: The Requiem for the Art of Death (2011)


Das terras gélidas da Finlândia, o Immortal Souls traz seu Melodic Death Metal com um petardo incrível, a começar pela arte gráfica... belíssima! Mesclando agressividade e melodia, a banda consegue proporcionar um som impactante, furioso e belo ao mesmo tempo. Apos a intro "Act I Soulbells", vem a matadora "Evil Believer", uma das melhores faixas do álbum. Destaco também "Nuclear Winter" (que ganhou video-clipe), "I Wept", "Reek of Rotting Rye" (fenomenal!), "Last Day on Earth" e "Throughs of Desolation".

Recomendadíssimo! Um dos melhores trabalhos de 2011.


The Devil Wears Prada - Dead Throne (2011)


O The Devil Wears Prada é, sem duvida, uma das principais bandas no gênero Metalcore. Apesar disso, nunca chegou a figurar como uma das minhas preferidas. No entanto, em 2010 eles lançaram o elogiado EP "Zombie". Um petardo incrível, que me fascinou da primeira a ultima faixa. E esse novo álbum, "Dead Throne", vem bem na linha do EP. Breakdowns, vocais melódicos mais contidos e não tao exagerados, agressividade pura com técnica e criatividade. Destaque para as faixas "Dead Throne", "Mammoth" (o inicio lembra Slipknot!) e "My Questions", "Vengeance" e "Born To Lose".


As I Lay Dying - Decas (2011)


Ok, "Decas" não é um primor de trabalho, mas marca 10 anos de uma das maiores bandas do cenário atual do Metal. Muitas bandas do chamado Metalcore, devem-se ao As I Lay Dying, pois apesar de não ser pioneira no gênero, é referencia absoluta! O EP inclui 3 faixas inéditas (mantendo a linha característica em "The Powerless Rise", de 2010), 3 covers (a intro "Hellion" não conta), uma regravação do 1º álbum e 4 remixes (!). Um clipe foi produzido para o cover de "Electric Eye", do Judas Priest.


Maylene And The Sons of Disaster - IV (2011)


O "hardcore de celeiro" de Dallas Taylor (ex-Underoath) e Cia. veio...diferente. A banda outrora conhecida por seu som mesclando o southern rock com hardcore e algumas pitadas de metalcore, aliado a voz agressiva, rasgada e por vezes grave e limpa de seu frontman, promete seguir agora uma sonoridade mais limpa. O que isso significa? As musicas continuam pesadas, porem agora estão mais polidas. E nada de Dallas usando sua voz rasgada (com exceção da 1ª faixa). Foi difícil digerir esse álbum no inicio. Contudo, depois que você o escuta algumas vezes e se acostuma, percebe que a essência ainda é o Maylene. Trata-se de um álbum tao bom quantos os anteriores, talvez ate melhor do que o "I". Uma coisa é indiscutível: Maylene and the Sons of Disaster é uma das bandas mais legais e originais que existe! Destaque aqui para "In Dead We Dream", "Save Me", "Killing Me Slow", "Come For You" e a balada southern "Drought Of '85".


Megadeth - TH1RT3EN (2011)


Dave Mustaine e sua banda comemoram o 13º álbum do Megadeth, com um titulo sugestivo. Dave nasceu em 13 de setembro e aprendeu a tocar guitarra com 13 anos. O álbum, intitulado "Th1rt3en", tem obviamente 13 faixas.
Bem, mas não é só com números que se faz um bom álbum. Dave é, com certeza, um dos maiores guitarristas do mundo, criador de riffs e solos de dar inveja a muitos. Em termos de criatividade, pra mim, ninguém supera ele. E ao seu lado, temos o também excelente Chris Broderick, parceria essa entre os dois que tem funcionado muito bem desde"Endgame". Destaque também para a volta de David Ellefson, baixista da formação clássica do Megadeth. E completa o time, o baterista Shawn Drover.
Não espere, no entanto, um álbum recheado de canções thrash. "Th1rt3en" está mais para um álbum que junta e mistura tudo de melhor que o Megadeth já produziu. Ainda há algumas faixas na linha thrash metal, mas o que predomina é o NWOBHM, o hard rock e o rock'n'roll clássico.
Destaque para as faixas inéditas "Sudden Death", "Public Enemy No.1", "Whose Life (Is It Anyways?)", "We The People", "Guns, Drugs & Money" e "Deadly Nightshade", além das novas versões de "New World Order" e "Millenium Of The Blind".
Mais um ótimo petardo na carreira do Megadeth que prova, mais uma vez, ainda ter energia e criatividade de sobra para seguirem frente.


Stryper - The Covering (2011)


Stryper dispensa apresentações. Quem dentro do cenário cristão, não conhece a banda, tao pouco pode dizer que conhece Rock. A banda foi simplesmente uma das pioneiras no movimento, impactando com seus visuais glam e suas musicas viciantes, que traziam uma mensagem clara sobre Cristo.
Portanto, causou um grande reboliço entre cristãos, quando anunciou um álbum com covers de bandas seculares, como Iron Maiden, KISS e Black Sabbath.
Confesso que eu mesmo não entendi muito o proposito real disso, mas tao pouco acredito que eles tenham se desviado, como acusam alguns "crentes" mais conservadores. Não pretendo entrar aqui na discussão de "cristão pode ou não ouvir musica secular", pois já é um tema batido que sempre trara opiniões diversas e, sinceramente, é perda de tempo. So acho que uma 'big band' como Stryper não precisava fazer cover de ninguém, seja cristão ou não. Mas enfim...
Musicalmente falando, o Stryper detona nesse álbum! A maioria das faixas originais aqui eu nunca ouvi em sua versão original e, as que eu ouvi, posso afirmar que curti muito mais na versão do Stryper. Destaque para "Set Me Free" (The Sweet), "Blackout" (Scorpions), "Lights Out" (UFO), "Carry On My Wayward Son" (Kansas), "Highway Star" (Deeple Purple), "Breaking The Law" (Judas Priest), "Immigrant Song" (Led Zeppelin). A unica que não curti mesmo foi o cover de "The Trooper" (do Iron Maiden), aqui eles não conseguiram superar a Donzela de Ferro. Alem destas, o álbum inclui uma faixa inédita, intitulada "God", que mostra um Michael Sweet de volta a boa forma, arregaçando no vocal como nunca! A banda estava bem entrosada nesse álbum, o que, independente de dogmas e crenças, resultou num ótimo trabalho, musicalmente falando. No aguardo pelo próximo álbum de inéditas!


Pospolite Ruszenie - Swiebodnosc (2011)


Por fim, eu não poderia esquecer DESTA banda. Sem duvidas, minha maior surpresa nesse ano de 2011, em termos de musica, foi descobrir esse joia! Pospolite Ruszenie é uma banda polonesa que reuniu músicos de diferentes estilos musicais; do rock/metal e o da musica folclórica antiga (medieval, renascentista e barroca). A formação da banda conta com integrantes das bandas Open Folk, Illuminandi e Rumor. As letras são em linguagem da poesia polonesa antiga.
"Swiebodnosc" é seu 1º EP e contém 3 faixas. Impossível dizer qual delas é a melhor. Por isso destaco as três: "Nieście chwałę, mocarze", "Żołtarz Jezusów, czyli Jezusa Judasz przedał" e "Pan Bóg Wszechmogący". Faltam palavras para descrever o quão maravilhoso é ouvir essa banda. Só sei de duas coisas: 1) deixa Eluveitie no chinelo; 2) não vejo de hora de escutar um álbum cheio dessa banda!


#METAL SECULAR

Na cena não-crista, tivemos também alguns destaques:

Black Sabbath


A noticia do ano! Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward anunciaram em 11-11-2011 a volta da formação clássica. O Black Sabbath é tido por muitos como o precursor do Heavy Metal. Apos 33 anos, o grupo gravara um novo álbum de inéditas, e se prepara para seu retorno em 2012.

Rock in Rio 2011


No geral, o Rock in Rio é visto como piada em meio aos roqueiros e bangers, já que se trata de um festival que tem "Rock" no nome, mas aposta em muitas outras celebridades que nada tem a ver com o estilo, como Claudia Leite, Katy Perry e Rihanna. No entanto, esse ano algo diferente aconteceu: o Rock dominou geral! Apesar da presença de astros da musica pop, os headbangers dominaram o festival, com Metallica, Motorhead, Sepultura, Angra, Evanescence e Guns'N'Roses. Mas com certeza, o maior destaque de todo o evento, gerando uma incrível atenção da mídia e abocanhando novos fãs, foi o Slipknot. Bom ou não, essa edição resgatou o brilho do Rock e o Metal na mídia brasileira!


SWU 2011


Outro festival a chamar a atenção do publico e a mídia esse ano foi o SWU. Um evento criado para conscientização do meio ambiente, conta com uma estrutura tao grande quanto a do Rock in Rio e, assim como esse, teve como grande destaque o Dia do Rock. Bandas como Alice in Chains, Lynyrd Skynyrd, Faith No More e Down passaram por la, mas sem duvida o maior destaque foi o Megadeth. Uma das pioneiras do Thrash Metal, a banda ganhou destaque na mídia brasileira e, ao fim do show, Dave Mustaine se despediu dizendo: "Que Deus abençoe todos voces!"


DESEJO A TODOS UM ÓTIMO 2012!
QUE DEUS OS ABENÇOE E POSSAMOS NOS ESFORÇAR PARA TER UM ANO REPLETO DE BOAS SURPRESAS E AS BENÇÃOS DE CRISTO EM NOSSAS VIDAS!
UM GRANDE ABRAÇO....E ATE ANO QUE VEM xD

METAL RULZ! \m/

domingo, 25 de dezembro de 2011

[Review] Austrian Death Machine - Jingle All the Way (Single) (2011)


Entre todas as bandas irreverentes da cena metalica, sem duvidas o AUSTRIAN DEATH MACHINE é o mais brutal, engraçado e "diferente" da lista.

Pra quem (ainda) nao sabe, essa banda é um projeto paralelo do Tim Lambesis (vocalista e lider da famosa banda de metalcore AS I LAY DYING), onde ele executa todos os instrumentos (guitarra, baixo, bateria) e voz. Tanto o nome da banda quanto as musicas são uma homenagem ao astro dos filmes de ação e ex-governador da California, Arnold Scharzenegger.

Finalmente, apos 2 albuns e 1 EP, a "banda" volta de um hiatus de quase 2 anos sem lançar nada. E, como todos sabem, Tim é o headbanger mais "engraçadinho" que existe e aproveitou o Natal para realizar esse trabalho (alias, esse é o segundo trabalho da banda homenageando a data - "A Very Brutal Christmas" de 2008!).

Recém lançado, o single natalino se chama "Jingle All The Way". As musicas sao baseadas no filme de mesmo nome (conhecido aqui no Brasil como "Um Herói de Brinquedo"), estrelado, é claro, por Ahhnold (personagem interpretado por Chad Ackerman, vocalista do Destroy The Runner). As musicas sao um conto que proporciona a busca de um "Turbo Man" de brinquedo, cantada por Tim Lambesis e Ahhnold.

O EP já inicia brutal com "I'm Not a Pervert". Uma faixa matadora que mescla todo o peso, agressividade e humor de Tim. A seguir, com uma pequena dose hardcore mas ainda cheio de pancadaria, "It's Turbo Time" tem um excelente refrão.
Por ultimo, uma regravação da já conhecida "Who Told You You Could Eat My Cookies?", do álbum "Double Brutal" (2009). Trata-se de uma das melhores composições da banda. O refrão e impagável! Brutalidade pura, quase beirando um Deathgrincore.

"Jingle All The Way" também ganhou uma versao digital disponível para downloads além de uma versao limitada em vinyl, intitulada "7", que pode ser adquirido no site da Metal Blade Records.

Presentaço de Natal!!!

Paramore...cristã?


Criada dentro de uma igreja evangélica, a banda Paramore ganhou o mundo com seus hits adolescentes e som pesado. Sua participação na trilha sonora do filme "Crepúsculo" com a musica "Decode" foi o ponta-pé para o estrelato. Apesar de sua forte influência no meio cristão e de já ter tocado com famosas bandas do meio, o Paramore nega que seja uma banda gospel e que toque músicas do gênero, seu foco mais é sobre juventude e superação.

Em recente entrevista para um blog do site R7, Jerome, baixista da banda, revelou um pouco sobre os planos de lançar um novo álbum e sobre a fé dos integrantes. O jovem fez questão de deixar claro que o Paramore é formado por pessoas que confessam a fé cristã, mas que não necessariamente é uma banda de rock cristão. “Não somos uma banda cristã, mas somos cristãos que tocam em uma banda de rock, o que é totalmente diferente”, diz.

Para Jerome a diferença é que “não vamos sair por ai pregando nada ou pedir que sigam nossos pontos de vista, opiniões, o que seja”, mas ressalta que está aberto ao público para falar sobre, “se quiserem vir falar com a gente sobre a sua fé, podem. Nos sempre vamos escutar, mas o que a gente tenta é tocar rock e trazer esperança pras pessoas”, acredita.

Apesar de não estar ligado ao rock gospel ou cristão, a banda reafirmou sua fé em Cristo e disse que nunca escondeu dos fãs que acreditam em Deus, “nós temos fé e somos abertos com os nossos fãs. Todos sabem, somos cristãos”, afirma o baixista. Hoje a banda possui apenas 3 integrantes fixos, vários outros já estiveram na formação, mas devido a brigas e desentendimentos com a visão do grupo, deixaram a banda.

E parece ter sido exatamente esse o motivo que afastou os irmãos Farro da banda.

Josh Farro, ex-guitarrista e co-fundador do Paramore, voltou a falar de um tema que já tinha abordado em seu blog quando decidiu sair da banda, dizendo que os integrantes da banda não deveriam se auto-intitular "cristãos".

Farro, que saiu do Paramore em dezembro de 2010 junto com seu irmão, o baterista Zac Farro de maneira não-amigável, contou ao site Common Revolt que a frase "the truth never set me free, so I did it myself?" (a verdade nunca me libertou, então eu mesma me libertei" em tradução livre) da música Careful, é um dos exemplos que contradiz a sua crença.

"O Paramore alega ser uma banda cristã e depois escreve uma letra dessas. Ela contradiz a sua fé", disse Josh.


"Hayley disse que deveria ser "Your thruth never set me free" ("a sua verdade nunca me libertou") mas se devia ser assim, então por que foi mudado? Foi só uma desculpa".

Ele ainda acrescentou que esta teria sido uma das razões dele e do irmão terem decidido deixar a banda. "Isso me deixou bastante chateado, e obviamente foi uma das muitas razões por eu e Zac termos decidido sair."

Assim, parece claro que, se o Paramore já foi uma banda crista, esse ja não e mais o caso hoje em dia.

Fontes das entrevistas:

sábado, 24 de dezembro de 2011

Evanescence...cristã?


Todo mundo conhece a famosa banda Evanescence. Aquela que todo roqueirinho poser afirma que é uma banda "gótica"! O estilo da banda (que não é o que importa aqui) é Metal Alternativo. Seu 1º álbum, "Fallen", ajudou a banda a ganhar dois Grammy Awards. E é sobre a genesi desse álbum que vamos falar.

No ano de 1994, em Little Rock, Arkansas, inicia-se a história da banda Evanescence. Ben Moody, com apenas quatorze anos de idade, participava de um acampamento para jovens promovido pela igreja local. Enquanto Ben acompanhava uma partida de basquetebol, percebeu do outro lado do ginásio, num palco, uma garota cantando e tocando ao piano a introdução da canção "I'd Do Anything for Love", do músico americano Meat Loaf.

A jovem, com apenas treze anos, que havia mudado-se recentemente com sua família para Little Rock, chamava-se Amy Lynn Lee. Seus pais, preocupados com o seu isolamento social, haviam encaminhado a garota para aquele acampamento, a fim de que pudesse fazer amizades e integrar-se entre os jovens cristãos da cidade. Mas Amy passava horas ao piano e pouco se interessava em conhecer os demais participantes.

Ao ouvi-la tocando, Ben Moody atravessou a quadra em direção à garota, ao aproximar-se, apresentou-se. Logo começaram a conversar; Amy mostrou a Ben algumas composições de sua autoria e concluíram que tinham a mesma tendência musical. Assim, Ben convenceu Amy a formarem uma banda. A banda, que até aquele momento era formada por apenas Ben, que fazia guitarras, baixo e arranjos eletrônicos; e Amy, responsável pelo piano e vocais; passaram por vários nomes como Childish Intentions e Strycken até resolverem chamar a banda de Evanescence.


Uma das primeiras composições gravadas pela dupla chamava-se "Understanding", que é definida pelo guitarrista, Ben Moody, como "um gótico ridículo de sete minutos". Mesmo assim, uma emissora de rádio de Little Rock, a KABF, passou a tocá-la num programa co-apresentado por Brad Caviness. Através desta divulgação, a Evanescence foi ganhando reputação e logo tornaram-se conhecidos em Little Rock. Apesar disso, por falta de condições para pagar outros músicos, a dupla ainda não tinha feito nenhuma apresentação ao vivo.
Entre 1997 e 1998, a Evanescence lança demos que levavam apenas quatro faixas, incluindo "October". O primeiro EP, lançado em dezembro de 1998 pela gravadora Bigwig Enterprises, leva o próprio nome da banda, Evanescence EP; e conta com as participações de William Boyd, Matt Outlaw e Rocky Gray.

William Rocky Gray (nascido em Jacksonville, Arkansas, 2 de Julho de 1974) também é cristão. Além de tocar bateria no Evanescence, ele também toca guitarra nas bandas de metal cristão Living Sacrifice e Soul Embraced.

"Fallen", gravado em Los Angeles, trouxe onze faixas em seu repertório, a maioria composta pelo trio Amy Lee, Ben Moody e David Hodges. Nas gravações deste trabalho, David assumiu o piano e teclado. A maior parte da produção ficou por conta de Dave Fortmann, mas Ben e Jay Baumgardner também cooperaram em "Bring Me to Life" e "My Immortal", respectivamente. Além dos músicos da banda, Francesco DiCosmo e Josh Freese participaram da gravação. A vendagem deste álbum foi de 16 milhões de discos no mundo inteiro.

"Fallen" foi o disco que definitivamente lançou a banda para o mundo e que rendeu muitos dólares e reconhecimento. Neste momento, a formação já estava estabilizada, com os amigos John LeCompt (guitarra), Rocky Gray (bateria) e Will Boyd (baixo), e pronta para percorrer o mundo em turnês.

Entre as canções desse álbum, valem destacar "Bring Me To Life" e "Tourniquet":

Preste bem atenção na letra da primeira:


"Como você pode ver dentro dos meus olhos como portas abertas?
Levando você até o meu interior
Onde me tornei tão entorpecida sem uma alma
Meu espírito dormindo em algum lugar frio
Até você encontrá-lo e levá-lo de volta pra casa

(Acorde-me)
Acorde-me por dentro
(Eu não consigo acordar)
Acorde-me por dentro
(Salve-me)
Chame o meu nome e salve-me da escuridão

(Acorde-me)
Faça o meu sangue correr
(Eu não consigo acordar)
Antes que eu me desfaça
(Salve-me)
Salve-me do nada que eu me tornei

Agora que eu sei o que me falta
Você não pode simplesmente me deixar
Dê-me fôlego e me faça real
Traga-me para vida

(Refrão)

Congelada por dentro sem o seu toque
Sem o seu amor, querido
Somente você é a vida entre os mortos

Todo esse tempo
Não posso acreditar que não pude ver
Mantida na escuridão, mas você estava lá na minha frente
Eu estive dormindo por mil anos, parece
Tenho que abrir meus olhos para tudo
Sem um pensamento, sem uma voz, sem uma alma
Não me deixe morrer aqui
Deve haver algo mais
Traga-me para a vida

(Refrão)"


Essa é uma das musicas mais famosas da banda e conta com a participação nos vocais de Paul McCoy, da também cristã 12 Stones. A faixa, inclusive, foi inclusa na trilha sonora do filme "Demolidor - O Homem Sem Medo" (Daredevil). A musica também ganhou o Grammy Awards como "Melhor Performance de Hard Rock".

A música "Tourniquet" é uma regravação de uma música composta por Rock Gray, que se chama "My Tourniquet" da sua outra banda Soul Embraced. No álbum "Fallen", a música sofreu uma transformação, estando diferente da original, inclusive em parte da letra. Confira um trecho:


"Você se lembra de mim?
Perdida há tanto tempo
Você vai ficar do outro lado
Ou você vai me esquecer?

Eu estou morrendo, orando, sangrando e gritando
Estou perdida demais para ser salva?
Estou perdida demais?

Meu Deus, meu torniquete
Retorne para mim, salvação
Meu Deus, meu torniquete
Retorne para mim, salvação"

Inicialmente promovidos em lojas cristãs, por terem suas músicas vendidas em lojas de música do gênero.

Em 24 de outubro de 2003, durante uma turnê européia, um notícia foi recebida com perplexidade e decepção pelos fãs: Ben Moody anuncia seu desligamento da banda, alegando diferenças criativas. Os motivos que levaram Ben a tomar esta atitude não ficaram muito claros. Por um tempo, os integrantes evitavam tocar no assunto. Mas um tempo depois, Amy declarou que a "sintonia" entre eles já não era como antes e, para o bem da banda, um deles tinha que sair. Porem, cerca de 10 anos depois, Ben resolveu desabafar, como pode ser visto AQUI.

Apos a saída de Ben, a banda parece ter tomado um rumo diferente e desde então, tem deixado claro que não querem ser considerados parte do gênero rock cristão. Quando perguntado pela Billboard em 2006 se a Evanescence foi uma "banda cristã", Amy Lee respondeu que tudo isso já era passado, e que era coisa de Moody. Em maio de 2007, Rock Gray também deixou o Evanescence e voltou para suas antigas bandas, Living Sacrifice e Soul Embraced.

Em 2009, Ben Moody e Rocky Gray, juntamente com também ex-membro John LeCompt, fundaram a banda positive We Are The Fallen.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Lemniscata - O Símbolo do Infinito

ATENÇAO: Este artigo foi retiro do blog BRUXAS DA LUZ. Ou seja, direto da fonte.


A lemniscata é conhecida por quase todo mundo como sendo o símbolo do Infinito,aquele 8 deitado que aprendemos nas aulas de matemática..Mas seu significado é muito mais amplo e muito mais antigo...

A lemniscata é uma figura geométrica em forma de hélice que é o sinal matemático do "infinito". Simbolicamente a lemniscata representa o equilíbrio dinâmico e rítmico entre dois polos opostos. Foi largamente usada nos desenhos celtas e insistentemente reproduzida em seus intrincados desenhos de formas. A lemniscata, principalmente em suas representações celtas, nos remete diretamente ao "Ouroborus",símbolo antiqüíssimo, resgatado pela tradição alquímica, onde se vê uma serpente que morde o próprio rabo e dovora-se a si mesma.

O Ouroborus é também representação simbólica do Infinito e do equilíbrio dinâmico universal.

Carl Gustav Jung, refere-se a este símbolo como o "Mysterium Conjuctionis" (Mistério da Conjunção), resultado do "Hieroghamos" (Casamento Sagrado), equilíbrio do Masculino e do Feminino Universais, essência fundamental da mente humana e, em uma visão mais ampla, da existência humana em si.

Ainda podemos observar a lemniscata nas curvas do Caduceus (o cetro da dupla serpente), símbolo da Medicina e manisfestação de Hermes; nos meridianos do fluir da Energia Vital descritos pelas medicinas tradicionais hindu e chinesa e pela Acupuntura.A lemniscata repete-se no próprio movimento das galáxias, das estrelas e dos planetas, na Astronomia e na Astrofísica. A lemniscata está presente na dupla hélice do DNA presente em todos os seres vivos deste planeta.


N
Ainda verificamos a formação de lemniscatas nos movimentos pendulares observados na Física; na báscula do andar humano; no crescimento dos vegetais e na disposição de suas flores e folhas; nos movimentos de regência da musical; no movimento do Tao; em emblemas e símbolos de famílias tradicionais japonesas, em mandalas de diversas origens e épocas e, de forma abstrata, nos ciclos da Natureza e no equilíbrio psíquico entre o Pensar e o Querer, dando origem ao Sentir.




A lemniscata tem significado milenar, representando o equilíbrio dinâmico, perfeito e ritmico entre os polos opostos constitucionais do corpo humano: o polo metabólico e o polo neuro-sensorial. O polo metabólico (abdome) é quente, úmido, expansivo e inconsciente. O polo neuro-sensorial (cabeça, sistema nervoso central e órgãos do sentido) é frio, seco, contraído e consciente. Do equilíbrio deste dipolo, surge a vida humana em sua manifestação mais primordial: o ritmo. A lemniscata representa então o sistema rítmico (coração, pulmões e musculatura do tórax) que proporciona os sinais vitais mais básicos, equilíbrio físico e psíquico e harmoniza as essências opostas que nos compõem.
Fazem parte ainda deste equilíbrio dinâmico rítmico, além do ritmo cardíaco e do ritmo respiratório, ciclos como o dormir e acordar (ritmo circadiano), a tendência à vitalidade (anabolismo) na infância e a tendência à esclerose (catabolismo) na velhice (ciclo biográfico) e, em última análise, o ciclo da vida e da morte (ciclo encarnatório). Assim, toda vez que inspiramos, que nosso coração entra em diástole, que acordamos pela manhã ou que usamos nossa função orgânica anabólica, confirmamos nosso nascimento. Analogamente, toda vez que expiramos, que nosso coração entra em sístole, que vamos dormir à noite ou que usamos nossa função catabólica, antecipamos nossa morte.




N
Simbolicamente a lemniscata representa o equilíbrio dinâmico e rítmico entre dois polos opostos. O símbolo da lemniscata nos remete diretamente ao Arcano Maior do Tarot de número 14: "A Temperança", onde vemos uma mulher que mistura e equilibra, através de sucessivas misturas, dois jarros que contém água: um com água fria, outro com água quente. Conforme as sucessivas passagens de fluidos de um jarro a outro, e deste de volta ao primeiro, se processam, obtém-se o elemento morno (temperado). Esta carta corresponde à letra hebraica "Nun" na Cabalah.


E vocês achando que a Lemniscata era só um símbolo matemático chato,né?! hahaha


FONTE: Bruxas da Luz
(As partes destacadas - * - são do Wikipedia)

sábado, 10 de dezembro de 2011

[Review] Ted Kirkpatrick – Ancient Christmas (2011)

Ted Kirkpatrick – Ancient Christmas (2011)

Tourniquet é uma banda que dispensa apresentaçoes. Considerado um dos icones do chamado "Metal Cristao", misturando seu Thrash/Speed Metal com Musica Neo-Classica e outros elementos experiumentais, que tornam a banda "unica". Porem, o grande fator por tras dessa ireverencia e criatividade é o seu baterista/fundador/compositor, Ted Kirkpatrick.

Dono de uma habilidade unica, eleito por 10 anos consecutivos Melhor Compositor pela revista Heavens Metal Magazine, Ted é conhecido por sua excentricidade comica. Alem do Tourniquet, ele ja compos 2 albuns solos, "Ode To A Roadkill" (um album estilo Stoner Metal com sons de animais!) e "In The Shadow of the Masters" (uma homenagem aos grandes compositores da musica classica), ambos de 2010.

Agora, ele lança sua nova empreitada, novamente com aquele toque de humor que so poderia ter saido do cranio de Ted Kirkpatrick. "Ancient Christmas" é uma revitalizaçao de classicos hinos natalinos, com uma roupagem "mais Ted".

Apesar de curtir a idéia, vale mais como curiosidade mesmo. Porque, afinal, haja saco pra ficar ouvindo essas musiquinhas natalinas. Vale ressaltar que Ted executa todos os instrumentos aqui (e eu nao faço ideia de quem é a voz feminina que canta a maior parte das musicas!)

Sao, ao todo, 9 faixas (sendo 1 inedita, composta por Kirkpatrick).

Nessa epoca do ano, muitas bandas ou artistas decidem lançar singles ou albuns natalinos, seja por dinheiro ou simplesmente zuaçao. E com certeza, haverao trabalhos muito mais interessantes que esse. O Austrian Death Machine acaba de lançar seu novo single, "Jingle All The Way", que ca entre nos esta muito mais audivel.

Mas é isso. Como eu disse, vale como curiosidade.
Resta aguardar o novo album do Tourniquet, prometido para 2012.

NOTA: 3/5


Tracklist:
1. Jingle Bells (3:13)
2. O Come, O Come, Emmanuel (3:58)
3. God Rest Ye Merry Gentlemen (3:09)
4. Silent Night O Holy Night (4:27)
5. The First Noel (3:15)
6. Rudolph the Red-Nosed Reindeer (3:48)
7. Little Drummer Boy (6:32)
8. O Come all ye Faithful (4:51)
9. The Night Innocent Beheld Innocence (4:28)
____________
37:41 min

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

"Sons of Anarchy": Criador da série quer 7 temporadas


OBS: Bom, esse blog é voltado, entre outras coisas, para musica (heavy metal), mas tambem para TV e Cinema, além de assuntos diversos que eu quiser debater aqui. Ou seja, nao se trata necessariamente de um blog cristao, ou apenas voltado para musica crista. Trata-se de um blog pessoal, onde postarei coisas que me interessam discutir.

Apesar de a série ter chegado ao seu limite na sua 4ª temporada, Sons of Anarchy pode continuar até 2014, se o criador, roteirista e produtor executivo Kurt Sutter conseguir seu desejo.

A série terminou sua 4ª temporada nesta semana, com a segunda parte do episódio duplo final. Nesta temporada, SoA conseguiu o posto de segunda série de drama da TV à cabo americana mais assistida (perdendo por pouco por The Walking Dead), o que já garantiu uma 5ª temporada de 13 episódios.

Mas Sutter quer, no mínimo, mais duas temporadas. De acordo com ele, 7 temporadas permitiriam que ele contasse uma história perfeitamente fechada, sem pontas soltas.

“Estamos esperando que seja possível contar a história que queremos num arco de sete temporadas, para termos o tempo de fazer isso.

Kurt também planeja diminuir o passo da próxima temporada:

“Sinto que a próxima temporada vai ferver mais devagar. Nesta temporada, todo mundo ficava sem fôlego no final dos episódios, e acho que na próxima este não será o caso.”

É um bom sinal, para evitar que a narrativa prenda apenas com surpresas. Ele ainda adicionou que não definiu como a série estará terminada:

“Está para ser determinado se eles estarão todos mortos numa grande poça de sangue no fim.”

A decisão de mais duas temporadas ou não depende da performance da 5ª no canal FX. Muitas séries sofrem de uso exagerado de personagens e roteiros forçados ao longo de mais e mais temporadas. Mas se o fim está planejado, já é um bom sinal!

Via Deadline

O Demon Hunter é uma banda cristã?



Demon Hunter é uma das minhas bandas preferidas, e com certeza, uma das minhas principais influencias na musica. Na verdade, aprendi a fazer gutural com o Ryan Clark (cantando junto as musicas nos CD's hehe)

A banda foi formada pelos irmãos Ryan e Don Clark, em 2000, como um projeto pessoal, ja que ambos tocavam na banda Coalesce. Um projeto que acabou criando forma e ganhando status de "banda". Hoje, o Demon Hunter tem 5 albuns de estudio e 1 DVD. No inicio de 2010, a banda ja tinha vendido mais de meio milhao de albuns. Eles gravaram tambem uma participaçao na trilha sonora do filme "Resident Evil 2: Apocalypse", com a musica "My Heartstrings Come Undone", e chegaram a ser cotados para o Rock'in'Rio 2011.

O DH tem muitos fas, principalmente dentro do circuito cristao. Mas infelizmente, tem gente que ainda critica a banda, que duvida da fé dos caras e tal. Por isso, a banda fez esse video (ai de cima) pra acabar de vez com o falatorio. Assistam e tirem suas proprias conclusoes!



quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

"Christ the Lord: Out of Egypt": Livro de Anne Rice sobre a infância de Cristo a caminho do cinema

Christ the Lord: Out of Egypt

Chris Columbus, produtor e diretor dos primeiros Harry Potter, vai produzir Christ the Lord: Out of Egypt, adaptação ao cinema do livro de Anne Rice que acompanha a infância de Jesus Cristo dos sete aos oito anos. Segundo a Variety, Cyrus Nowrasteh é quem assume a direção e escreve a adaptação ao lado da sua esposa, a roteirista Betsy Nowrasteh.

Os dois foram abordados por Rice depois que a autora deEntrevista com o Vampiro assistiu a The Stoning of Soraya M, filme do casal sobre uma adolescente iraniana presa em um casamento violento. Cyrus concordou em escrever e dirigir a adaptação do livro lançado em 2005, levando o projeto à 1492 Pictures, produtora de Columbus.

A trama acompanha a infância de Cristo do ponto de vista do próprio menino. Durante a mudança do Egito para Nazaré, Jesus descobre a verdade sobre sua identidade e sua missão na Terra. Segundo Columbus, "é um filme que tem apelo para todas as idades no mundo todo".

Em 2008, Rice lançou uma sequência, Christ the Lord: The Road to Cana, e tem mais dois volumes planejados para a série. Ainda não foi definido um cronograma para as filmagens deChrist the Lord: Out of Egypt.

Fonte: Omelete

"A Light in the Darkness Nemesis Divina" - Um documentário sobre black metal cristão


Documentário feito com a participação de musicos da cena Unblack Metal, como Pilgrim (Crimson Moonlight) e Jayson Sherlock (Horde).

Tradução e Legenda: Paulo Henrique Silva Pinto.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Evangelização urbana, o que é isso?


Existe um tipo de evangelização que cresce quanto a popularidade. Esse tipo de evangelização é a Evangelização Urbana, que nada mais é do que evangelizar os grandes centros e metrópoles. Inicialmente, essa definição tão simples pode disfarçar a complexidade do assunto.

O êxodo rural fez com que as metrópoles crescessem assustadoramente. “Hoje mais de 50% da população do mundo vive nas cidades, enquanto que em 1950 a população urbana mundial era de apenas 16%. Em 1900, apenas a cidade de Londres tinha mais de um milhão de habitantes, agora já são 405 cidades com mais de um milhão de habitantes”[1]. No Brasil, essa realidade não é diferente. De 1940 ao ano 2000, houve um crescimento urbano de 81,23%, enquanto a população rural cresceu apenas 18, 77%. Existe uma clara migração da população rural para os grandes centros – o que faz com que a desigualdade social também cresça, pois muitas dessas pessoas que saíram do campo não encontram emprego e nem vida digna nos grandes centros.

Esse urbanismo, como é comumente chamado, trouxe desafios enormes para a igreja moderna. Hoje se fala de evangelização urbana em quase todas as denominações, inclusive na Igreja Católica Apostólica Romana.

A necessidade de se planejar um método evangelístico para os grandes centros deve-se ao novo desenho da sociedade hodierna. Os grandes centros são produtores das grandes aglomerações, mas também de grandes facções. É comum se falar hoje de tribos sociais. As pessoas, por motivos intrínsecos, tendem a se agruparem. Esses grupos são formados por áreas de interesses diversos: os jovens não são sempre unidos, como era de se esperar, pois eles mesmos são divididos em grupos e subgrupos. Existem os roqueiros; dentre os roqueiros, existem os que gostam de hard rock, metal, e o mais novo grupo, os EMOs. Segundo a definição de Douglas Romero, “Emo vem de ‘emotional hardcore’, que é um gênero de música. Contudo, Emo virou um rótulo para adolescentes que usam meia franja caindo sobre os olhos, roupas pelo menos dois números menores. Usando uma mochila horrível, cheia de bottons da Hello Kitty, um Ipod no bolso e chaveiros de bichos pendurados na Mochila. Ainda definem os Emo como Emocionais, chorando a todo momento. Com isso, algumas pessoas recriminam essa tribo”.[2]

Essa diversidade de tribos e de cultura mostra que o desafio dos grandes centros é grande! Se você pertence a uma tribo social, provavelmente será olhado com desconfiança pela outra. Essa separação de tribos não se restringe apenas a tribos de jovens, mas revela a tão comum separação socioeconômica e cultural. Soma-se a toda essa divisão tribal, a própria igreja, que é definida por muitos como tribo evangélica.

As tribos são facilmente observadas. Elas têm um mesmo linguajar, vestem as mesmas roupas, freqüentam os mesmos lugares e conversam invariavelmente o mesmo assunto. Por isso, caracterizar os evangélicos modernos como mais uma tribo não está muito longe da realidade; até o “evangeliquês” (linguajar evangélico) foi criado para a comunicação interna de seus adeptos.

Juntamente com as tribos e com o crescimento assombroso da população urbana, existe um outro fator que dificulta a evangelização: a insegurança. Cada vez mais, a população se cerca de câmeras de segurança, grades altas, cercas elétricas, segurança privada e coisas do gênero. Bater na porta de uma pessoa desconhecida para ser atendida por ela é, no mínimo, uma aventura. Entregar folhetos dentro de um prédio? Se conseguirmos passar pela portaria, já é um sucesso. Sem falar que a quantidade de impressos de propagandas que recebemos faz com que a leitura de um folheto seja uma raridade. Isso tudo deve ser acrescido à poluição visual e sonora que os grandes centros têm. Existe ainda mais um complicador: o bombardeio de alguns programas evangélicos na televisão com sua diversidade doutrinária e com abusos criticados pela mídia e pelos homens de bom senso.

Bom, você deve ter vislumbrado um pouquinho da dificuldade evangelística de nossos tempos; isso porque não falamos do relativismo moderno, do amoralismo, agnosticismo e da visão ateísta.
Para derrubarmos esse muro que nos separa da sociedade, é preciso nos prepararmos melhor. Precisamos conhecer a nossa cidade, nosso bairro, nossos amigos, nosso país. É necessário um preparo completo e uma dose de paciência, pois, na evangelização urbana, nada é tão rápido como queremos. Sobretudo, a conversão pertence a Deus.

Existem diversos métodos de evangelização urbana: encarte em jornais, literatura, internet e entre outros. Contudo, os autores contemporâneos são categóricos ao dizer que uma das melhores formas de propagar o Evangelho é a evangelização pessoal. Para que façamos esse tipo de evangelização, é necessário modificar o pensamento separatista. “A reação de muitos cristãos à nossa sociedade ímpia é a separação pessoal. Insistimos que devemos manter nós mesmos e as nossas crianças separadas de relacionamentos pessoais com incrédulos. Nós queremos ser puros, santos, separados dos pecadores, e pensamos que a única maneira de fazer isso é nos mantermos separado deles. Mas se queremos nos manter separados, então, disse Paulo, teríamos que deixar o mundo de vez (1 Co 5.9-13). (...) Como poderemos ter comunicação verdadeira com as pessoas a respeito do Evangelho de amor, autodoação, e a Palavra encarnada se nos distanciamos daqueles que precisam ouvir a mensagem? Um amigo que ainda não é crente se expressou assim: ‘O problema dos cristãos é que vocês vivem num casulo. Todos os seus amigos íntimos são cristãos. E o que acontece com pagãos como eu? Quem irá me alcançar?”.[3]

“Mas Jesus, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes” (Mt 9.12).

Que Deus nos dê sabedoria para não sermos um gueto!

Rev. Ricardo Rios Melo



[1] http://www.pime.org.br/missaojovem/mjevanggeralarte.htm
[2] http://www.dsromero.com.br/noticias/definicao/definicao_de_emo.html
[3] Jerram Barrs, A Essência da Evangelização, São Paulo, CEP, 2004, p.138, 139.


Peter Jackson faz documentário sobre metaleiros que passaram 18 anos presos por preconceito


O cineasta Peter Jackson (trilogia “O Senhor dos Anéis”) anunciou o fim das filmagens de seu novo projeto como produtor, um documentário baseado num crime chocante e na condenação injusta de três adolescentes, fãs de rock, por assassinato inspirado em rituais satânicos. Os jovens eram inocentes e passaram 18 anos presos, condenados pelo preconceito do juri contra metaleiros.

Jackson foi uma das celebridades da indústria cultural americana que se mobilizou contra a injustiça, ajudando a financiar a defesa dos jovens em busca de um novo julgamento. Todo esse processo rendeu uma trilogia de filmes premiados dos diretores Joe Berlinger e Bruce Sinofsky, iniciada em 1996 e encerrada com a libertação dos condenados em 2011. O novo filme, ”Paradise Lost 3: Purgatory”, está na lista de finalistas na categoria de Melhor Documentário por uma vaga no Oscar.

A produção de Peter Jackson prentende contar a mesma história, mas desde o começo. A direção ficou a cargo da premiada cineasta Amy Berg, indicada ao Oscar pelo documentário “Deliver Us From Evil” (2006). O documentário intitulado “West of Memphis” foi filmado praticamente sem o alarde do filme de Berlinger e Sinofsky.

O filme vai contar a história de Damien Echols, Jason Baldwin e Jessie Misskelley Jr – “Os Três do West Memphis” – , fãs de heavy metal que foram taxados de satanistas e responsabilizados pela morte de crianças. “Esse filme começou como um estudo sobre a inocência, mas sinto que vai além disso. Ele se pergunta qual o valor da verdade para a nossa sociedade”, disse a diretora.

A produção durou sete anos, conforme revelou Peter Jackson. “Sete anos atrás, começamos essa jornada, não tendo nenhuma ideia de onde chegaríamos. Agora percebemos que a jornada não acabou, que mesmo libertados, eles não são livres”, explicou Jackson sobre a importância de contar a história por trás da prisão por preconceito.

A história dos West Memphis Three também será dramatizada como ficção, sob direção do cineasta Atom Egoyam (“O Preço da Traição”).


Fonte: Pipoca Moderna