segunda-feira, 9 de abril de 2012

[Review] Place Of Skulls - With Vision (2003)


Para quem não conhece, Victor Griffin formou a banda Death Row por volta nos anos 80 e foi o guitarrista do Pentagram, e eles lançaram três ultra-famosos álbuns, "Relentless", "Day of Reckoning" e "Be Forwarned".
Então ele desapareceu do palco do metal por alguns anos para exorcizar demônios pessoais.
Mas agora ele parece ter perseguido os demônios e voltou com uma nova banda. Não, não é o Demon Hunter! Juntamente com o baixista original do Death Row, Lee Abney (agora substituído por Greg Turley neste disco), e o contundente baterista Tim Tomaselli, ele formou o Place of Skulls.
E com "With Vision", lançam seu segundo álbum full-length.

Eu acho que os fãs do Pentagram e Death Row sabem o que esperar deste álbum: Doom Metal escuro e pesado. Fãs de Trouble também vão gostar! E os fãs de Black Sabbath podem até entrar na lista, pois não soa como uma banda cover do Sabbath ou algo assim, mas o sentimento puro de Doom Metal está lá, é o tipo de som que o Sabbath já teve uma vez. E o vocal de Scott “Wino” Weinrich ate lembra, em alguns momentos, o velho Ozzy Osbourne!

Imagine o Ozzy cantando versos como "Quanto tempo até as quebras de cordão de prata / e eu vou voar a partir deste mundo e todo o ódio seu / Divida o céu e me deixar entrar", enquanto o guitarrista Tony Iommi bolha os seus dedos e seus ouvidos com riffs batendo. Até mesmo o nome do quarteto é uma referência ao local bíblico em que Jesus Cristo foi crucificado. "With Vision" irá se classificar como um dos mais melódicos álbuns de Doom Metal que você vai ouvir nos dias de hoje, se não um dos mais originais.

Ao longo do trabalho, há cargas de, ouso dizer, riffs estilo groovy setentista. A guitarra é muito bassy como seria de esperar, mas é incrivelmente claro como é típico do Doom Tradicional. Há elementos de blues, metal pesado e Rock'n'Roll, o que torna o álbum mais interessante de se ouvir. Há também grande quantidade de solos misturados com os riffs lentos, geralmente ritmo e tambores se arrastando. É bem o tipo de músicas que você esperaria ouvir num bar de motoqueiros. Pesado, mas estranhamente relaxante e com um toque retro. Isso é uma coisa que acho interessante sobre o Doom Tradicional: é a capacidade do gênero a ter a imaginação para o passado. A composição não está muito longe do últimos dias da Cathedral, embora não tão extremo. Existem também alguns momentos mais calmos, acústicos, que acrescentam uma vantagem para "With Vision", faixas instrumentais ("Dimensional Sojourn", "In Rest" e "Dissonant Dissident") que alteram o humor um pouco e estão à beira de serem peças sombrias.

Um álbum recomendado não apenas para quem curte um bom e puro Doom Metal Tradicional, mas também para aqueles amantes do Rock/Metal em geral. Destaco aqui as seguintes faixas: "Last Hit" e "Silver Chord Breaks" (as minhas preferidas, Black Sabbath na veia!), "With Vision", "Long Lost Grave", "Nothing Changes" e "The Monster".

NOTA: 4/5


Line-Up:

Scott “Wino” Weinrich (Spirit Caravan, The Obssessed) - vocal
Victor Griffin (ex-Pentagram, Death Row) - guitarra
Greg Turley - baixo
Tim Tomaselli - bateria

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