segunda-feira, 23 de abril de 2012

Megadeth: Som ruim e interrupções marcam show curto da banda no Metal Open Air


Responsável pelo show de encerramento do conturbado primeiro dia de Metal Open Air, o Megadeth não fez um show capaz de fazer o público relevar os vários inconvenientes registrados ao longo desta sexta-feira (20). A apresentação da banda de Dave Mustaine foi marcada pela péssima qualidade sonora, pelas interrupções – improdutivas – para resolver esta questão e, por fim, pela brevidade. O conjunto, um ícones do heavy metal, esteve no palco Cliff Burton, um dos dois principais do evento de São Luís, durante 60 minutos, período em que executou cerca de dez números – as paradas dificultaram a contagem.

Ao término, o público reclamava. Muito porque, não raramente, entre uma música e outra os integrantes do Megadeth saíam de cena. A primeira vez em que isso aconteceu foi após a terceira canção do show, que começou à 1h35 da manhã deste sábado, com cerca de duas horas de atraso, a exemplo do que ocorrera com a maioria das atrações anteriores (as que não cancelaram).

Com pouco mais de cinco minutos de show, Mustaine explicou ao microfone que tinha um problema na guitarra, justificando a interrupção. Aparentemente, ele não se dava conta de que sua voz era pouquíssimo audível durante as músicas: ele só se fazia claro, até ali, nos instantes em que falava, o que não se repetia quando era a hora de cantar. Embora, nas apresentações que precederam o do Megadeth tenham havido eventuais problemas com a equalização do som, não se pode dizer que o volume comprometesse – e foi justamente esse um dos traços marcantes do grupo de encerramento.

O líder do grupo, contudo, não fez qualquer manifestação vigorosa. Ao menos quando se dirigia a seus fãs, Mustaine soava tranquilo. Após a parada que sucedeu a quinta música, ele chegou a comentar que, caso aquela tentativa não resultasse, ele usaria um violão. Se não soava indiferente à equivocada equalização dos instrumentos, também não fez menção de qualquer protesto que pudesse incitar a plateia a protestos mais veementes.

Uma plateia que, pouco a pouco, ia se dispersando, conforme a apresentação avançava. Visivelmente, no início do show, aquele era o maior público do festival até ali, e ele vinha sendo bem tratado pela atração principal. Quando terminou a segunda música, Mustaine falou: “Boa noite. Bem, eu amo vocês! Estão se sentindo bem? É minha primeira vez em Sã Luís”.

A empolgação, no entanto, não tardou a diminuir, sobretudo por conta das pausas que viriam: a partir de certa altura, não se podia mais assegurar se elas se deviam a questões do som ou já estavam no script, tantas foram – quase entre todas as músicas. Às 2h25 da manhã, Mustaine diz ao microfone: “Obrigado, boa noite!”. Três minutos adiante, a banda voltava para mais três músicas.

Às 2h35, as últimas palavras: “Obrigado, obrigado. Foi um prazer, Brasil”. E então, como já fizera em sua passagem anterior pelo país, em novembro passado, no festival SWU, em Paulínia, no interior de São Paulo, Mustaine permanece um tempo no palco, despedindo-se, acenando, agradecendo e jogando seus tradicionais adereços. Os fãs retribuem com aplausos. No SWU, porém, ele sintomaticamente passou mais tempo dirigindo-se à sua audiência.

Fonte: G1

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